domingo, 8 de junho de 2008

So You Think You Can Dance...

Acabando o round de audições eu parei para analisar o impacto do programa na própria cultura de dança americana e na vida dos que querem participar.

SYTYCD com certeza é um sucesso de audiência, basta ver a cada ep o tamanho das filas que são formadas para participar do programa, a quantidade de dias cada cidade recebe os jurados, as condições climáticas a qual os participantes se submetem, a empolgação e o tempo de duração das audições (indo da parte da manhã até a noite). Os dançarinos acreditam no programa.
Quem dança quer viver de dança, mas antes de tudo, quer viver dançando... e é isso que SYTYCD proporciona... viver dançando e ainda consegue abrir os olhos de todos para os mais variados estilos.

Quem não fica com água na boca quando vê uma bailarina ou um cara mandando bem numa dança de salão ou girando ao redor do palco e indo ao chão com total controle?

Participar das audições pode gerar duas reações distintas... querer ser mais e melhor ou deixar de lado toda sua carreira. Obviamente, quem desiste não tem qualquer senso e quem participa pra valer, sabe o nível que tem comparado ao programa.

Eu, por exemplo, amaria participar do programa, mas sei que não faria nada de diferente do que já foi visto antes e também não domino nenhuma técnica especifica. Pena.

Alguns participantes de anos anteriores apareceram nesta rodada de audições. Todos melhores e mais dedicados, todos quebraram barreiras e se especializando no jazz, no ballet, no contemporâneo e dando mais atenção para a própria saúde. Todos se elevaram a um nível superior e aprenderam e ser expressar mais e de formas diferentes. Existe forma mais íntima de se expressar do que dançando? Não é necessário de qualquer instrumento (piano, pincel), você é seu próprio instrumento.

Sortudo são aqueles, em qualquer lugar do mundo, que dançam com o apoio e incentivo da família. Um programa como SYTYCD faz com que aquela menina, rapaz, moça, senhor, tia, irmão que sempre teve vontade e curiosidade de dançar dar um passo a frente se espelhando em um fulano dançando na TV. Em outros casos, pode fazer renascer a chama em alguém que deixou o talento e a paixão pela dança morrer.

Nigel, Mary e os outros jurados fazem sonhos acontecerem, lágrimas caírem e milagres a cada programa em nível nacional e internacional. Não tem como não se relacionar com aquilo... não tem como não sentir prazer em todo o sofrimento dos ensaios... quem sabe e entendo esse fenômeno, compreende perfeitamente a devoção daquele que passam por cima de pais, sociedade e preconceitos para provar para si mesmo que tem talento, tem vocação para a coisa e provavelmente não é apenas para viver de dança e sim viver dançando.

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